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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Dia Mundial do Câncer de Ovário alerta para prevenção


Diferente do câncer de mama, que é amplamente discutido, o câncer de ovário é pouco conhecido entre as mulheres, que sofrem com a falta de informação. Por conta disso, ONGs de todo o mundo iniciaram um movimento global com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o tema e criaram o Dia Mundial do Câncer de Ovário, que será celebrado pela primeira vez no dia 8 de maio de 2013.
Oitavo câncer mais diagnosticado nas mulheres, a doença é a sétima causa de morte feminina por câncer no mundo. Atualmente, estima-se que 230 mil mulheres ao redor do globo serão diagnosticadas com câncer de ovário e que 140 mil morrerão por conta dele.
Segundo a oncologista Andréa Gadelha, do Hospital AC Camargo, o câncer de ovário tem uma particularidade em relação aos outros. “Os exames preventivos não são tão eficientes para o diagnóstico precoce. Por isso, é preciso que os médicos e as mulheres fiquem atentos para buscar intervenção o mais rápido possível”, alerta. Em 70% dos casos, a doença só é constatada em fase avançada.


A especialista chama atenção para os sintomas aos quais as mulheres devem ficar atentas. “Os sinais geralmente se confundem com os de doenças não tão graves e, quando realmente incomodam, já é tarde demais. Por isso, ele é conhecido também como ‘câncer silencioso’. Os sintomas do câncer de ovário podem ser um sangramento anormal, emagrecimento repentino, dor pélvica, perda de apetite, menstruação irregular, mudança nos hábitos intestinais, dores abdominais e complicações intestinais”, destaca.
O principal tratamento para a doença é a remoção do tumor através de cirurgia. No entanto, quando é diagnosticada em estágio avançado, o câncer já cresceu ou se espalhou e, por isso, é necessário um tratamento adicional.
Foi o caso de Nanci Bueno (48), paciente que luta contra o câncer de ovário. Ela foi diagnosticada com a doença em dezembro de 2011 já em estágio avançado. “Minha operação foi marcada para janeiro de 2012. Na primeira tentativa, a cirurgia teve de ser abortada em razão do grande acometimento do abdômen pelo câncer”, conta. Nanci teve de passar por quatro ciclos de quimioterapia para que o tumor fosse reduzido e só então pode realizar a operação. “O tumor precisaria reduzir pelo menos 70%. Realizei as sessões de quimio e, depois de concluídas, passei por todos os exames de acompanhamento, cujos resultados se mostraram muito bons. A cirurgia foi realizada na data prevista e teve mais de oito horas de duração. O médico disse que, desta vez, tinha conseguido uma citorredução ótima. Após a cirurgia, foram mais quatro ciclos de quimioterapia”, relata.

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