As eleições sempre são uma grande
festa da democracia, que dá o direito de escolher ou mesmo ser um candidato a
representar a sociedade. As eleições do ano passado se consumaram com a posse
dos prefeitos e vices, bem como os vereadores, no primeiro de janeiro de 2013. Passadas as comemorações, novas
responsabilidades e questões se apresentam para estes novos gestores
municipais. Os prefeitos empossados, para lograrem êxito neste mandato, terão
que enfrentar questões inéditas.
Temos uma plena consciência que ser
prefeito, nunca foi tarefa fácil. Carrega nos ombros as pressões políticas locais
e dos próprios cidadãos, recebendo uma carga cada vez maior de
responsabilidades. Os gestores públicos têm enfrentado novos desafios com as
recentes transformações urbanas e as carências de infraestrutura nos
municípios. A Lei de Responsabilidade Fiscal tem sido uma grande conquista para
a democracia, porém tem tornado uma grande preocupação para os gestores, o envelhecimento
da população, o piso nacional do magistério onde muitos municípios não
conseguirão acompanhar, falta de espaços para recriação, redução na colaboração
financeira com os programas federais, aumento significativo da violência e
falta de prevenção contra desastres.
Nas últimas seis décadas ocorreu
um vertiginoso processo de urbanização, acompanhado por um simultâneo
planejamento da expansão das nossas cidades. Muito pelo contrário, as cidades
brasileiras, mesmo as de pequeno porte, apresentam sérios problemas de falta de
planejamento e de ocupação precária e irregular do solo urbano.
Os conceitos de sustentabilidade
ficaram de lado, não tem como a água da chuva infiltrar, sistema de águas
pluviais se encontram defasados não conseguindo comportar a quantidade de água
captada pela impermeabilidade do solo. Adensamento populacional
em condomínios verticais em determinadas regiões da
cidade sem as vias urbanas comportam essa nova quantidade de carros desse
moradores. Muitas vezes o plano diretor da cidade não é respeitado ou pelo
poder econômico é alterado.
As cidades brasileiras parecem serem
"criadas para automóveis" e isso desrespeita os projetos de renovação
urbana que garantam mobilidade para pedestres e ciclistas e estimulem o uso do
transporte público. Dados mostram que 50% das cidades não
controlam a qualidade da água, 70% não têm plano de saneamento básico, 70%
das cidades têm destino inadequado ao lixo. Questões como essas exigirão
um elevado discernimento na definição das prioridades para as novas equipes de
governo.
Os prefeitos empossados, na
verdade, terão que cumprir novos deveres e novas formas de exercer antigos
deveres, buscando a tão sonhada excelência na gestão pública
Jair Heuert é Engenheiro, Jornalista
e pós graduado em Marketing Político.
Presidente Estadual do PRB Jovem
Goiás
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