Pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) revela que, em 2011, apenas 6,2% dos 5.565
municípios brasileiros tinham plano municipal de redução de riscos
relacionados a desastres naturais, como enchentes, deslizamentos de
terra e secas. Em outros 10,1%, o plano estava em processo de
elaboração.
Segundo a Munic (Pesquisa de Informações Básicas Municipais), que
coletou os dados junto às prefeituras, a existência de planos para a
prevenção e a resposta a desastres era mais comum nos municípios mais
populosos. Entre aqueles com mais de 500 mil habitantes, o índice
chegava a 52,6%.
Regionalmente, também foram constatadas diferenças: enquanto no Sudeste
9,6% das prefeituras informaram dispor de um plano de ações coordenadas
para esses casos, no Sul foram apenas 4,4%, e no Nordeste, 4,7%.
O IBGE, porém, não avaliou a qualidade dos planos, que podem incluir
desde uma programação de obras para a redução de riscos até protocolos
de remoção de moradores das áreas afetadas, passando ainda pela
estruturação de sistemas de alerta para a população.
O instituto também constatou que, apesar de a existência de planos para a
área ser muito pequena, a proporção dos que disseram adotar ações de
gerenciamento de riscos de deslizamento e recuperação ambiental de
caráter preventivo, mesmo que de forma isolada, chegou a 32,6%, o que
equivale a 1.812 municípios.
Segundo a pesquisa, as ações realizadas com mais frequência foram de
drenagem urbana (citada por 62,6% dos 1.812 municípios) e construção de
redes e galerias para o escoamento de águas pluviais (60,2%).
Além disso, 84,6% das prefeituras executaram, nos dois anos anteriores à
pesquisa, algum tipo de ação ou programa no setor de habitação, como
construção e melhoria de unidades residenciais (citados por 65,5% e
44,2% dos municípios, respectivamente). A precariedade das habitações e a
ocupação de áreas irregulares muitas vezes tornam mais graves os
efeitos dos desastres naturais.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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